Bizus das Antigas


CONHEÇA NOSSA LINHA RELOCÍMETROS

            
               Modelo Fusca 1.300 sem led´s              Modelo Jeep universal com led´s




Modelo Kombi Antiga sem led´s

Relógios de parede com temas automotivos
CLIQUE NO BOTÃO E VEJA O CATÁLOGO COMPLETO

 autosbizus.com.br - seu site automotivo 


 autosbizus.com.br - seu site automotivo 

Um fusca movido a diesel
Há um tempo atrás publiquei uma imagem de um motor de fusca com uma bomba injetora no lugar da bomba de combustível e fiquei curioso a respeito da veracidade desta imagem. 


Mas acabei recebendo outras 10 fotos sobre o tal fusca movido à oleo diesel. Ele realmente existiu e divido com vocês esta informação:

Notar a bomba injetora do lado esquerdo do motor



A fumaça característica da queima do diesel sem a tecnologia de hoje em dia

Sistema de pré-aquecimento das câmaras de combustão. Notar a luz de advertencia na cor ambar

Interior bem elegante para um modelo popular da época. Detalhe para o acionador das sinaleira (bananinhas) no painel (uma pequena alavanca branca do lado esquerdo)

Teto solar 



Segundo o texto original, o nível de ruído era muito alto,
acompanhando do alto índice de emissão da fumaça negra

A tentativa de usar o ciclo diesel foi porque este combustível era extremamente barato na época
pois não haviam motores que o utilizassem em grande escala. 

 autosbizus.com.br - seu site automotivo 

Um mito que foi desfeito.

Mais uma garimpada na internet e eis que encontro uma galera aficcionada pelo saudoso muscle-car brasileiro de origem norte americana, o Maverick V8 Quadrijet.
Este raro modelo do "maveko", como é carinhosamente chamado, foi um up-grade feito por uma concessionária da Ford, que instalou alguns componentes "venenosos" no motor, como coletor Edelbrock e um carburador de 4 venturis (quadrijet) entre outras coisas. E após o carro ter sido "acertado" nas pistas e ruas, a própria Ford deu seu aval à esta melhoria e acabou lançando um kit especial para transformas os Mavericks GT´s em Quqdrijet´s e depois lançou uma tiragem limitadíssima do V8 Quadrijet.
Raras unidades ainda estão rodando. 



Carburador Quadrijet Edelbrock

Veja a matéria completíssima clicando aqui e delicie-se como eu, com tantos detalhes. 
Agradeço a gentileza de Juninho Fonseca e tantos outros que ralaram muito pra reunir tantas informações e deixar disponíveis para nós, que amamos carros antigos e histórias sobre eles. 



Conheça os Relocímetros 
Uma linha de relógios especiais para os apaixonados por carros antigos e clássicos.
Parede - Pulso - Despertador. Clique aqui e veja o catálogo

 autosbizus.com.br - seu site automotivo 


Ele tem idade para ser mais um garoto apaixonado por carros modernos, cheios de tecnologias e desenhos que mais se parecem com naves espaciais. Mas não este garoto...até seu nome (Willy) está intimamente ligado ao fabricante do pequeno carrinho antigo, a Willys Overland do Brasil, fabrica do Dauphine e Gordini sob licença da Renault. O Gordini foi um sonho pra muitos marmanjos das décadas de 50 e 60, e também foi um carro muito usado por mulheres na época. Participou de diversas competições, e ganhando alguns apelidos como Machão, Leite Glória e outros. Há os que o defenda com unhas e dentes. Garantindo sua robustez. Conheci este rapaz atraves de uma comunidade no facebook, Loucos por Gordinis, da qual eu participo. Tambem fui gordineiro, tive 2 exemplares, um 67 cinza e um 65 azul (resgatado de um desmanche, estando 100% original, somente com um rombo no bloco do motor).  Aliás ainda sou apaixonado por eles. Mas conheci o Willy e começamos a conversar e trocar informações. Inclusive mandei pra ele uns restos de um velocímetro que eu tinha ainda guardado. Tive a certeza de que ele e o Gordini tinham muita ligação. E sendo assim, começou a participar de eventos de carros antigos e demonstrar ainda mais sua fascinação pelo pequeno automóvel. Fez muitas amizades e seus pais então, o presentearam um com magnífico exemplar com placa preta e tudo. E agora, um pouco da sua paixão está registrada em um jornal de grande circulação nacional. Fiquei muito feliz em ver a matéria e resolvi também dar minha pequena contribuição a este jovem. Me sinto até mais perto dos Gordinis assim...
Clique aqui e veja a matéria original. 
Um grande abraço amiguinho, que seu exemplo em preservar os carros antigos seja seguido por outros jovens. 

Se desejar ter uma cópia digitalizada do Manual de Reparos Original do Daulphine, Gordini e 1093, clique na imagem abaixo. Só R$ 29,90. Sem custos de fretes.


 autosbizus.com.br - seu site automotivo 

Uma joia preciosa restaurada no Brasil.
Um VW Sedan 1952 alemão que tem
 uma particularidade especial:
Poucas unidades foram feitas deste modelo
 chamado de Zwitter (hermafrodita).
Saiba por que assistindo o vídeo e 
leia a materia clicando AQUI.


 autosbizus.com.br - seu site automotivo 
Ford Coupe 1932 original
Famoso "banco da sogra"
A Ford Motor Co, está disponibilizando carrocerias e outras peças do modelo para venda, devida a enorme procura dos apaixonados por hot-rods e colecionadores. O modelo é o grande queridinho desta galera apaixonada por carros especiais, com estilo retrô e mecânicas modernas e potentes. Saibam mais detalhes clicando AQUI.
Ford Coupe 1932 Hot Road
 autosbizus.com.br - seu site automotivo 
Uma cidade norte-americana no meio da floresta amazônica. Conheça a Fordlandia, um mega investimento da Ford Motor Co. que foi um mega prejuízo.
Henry Ford
Henry Ford, foi considerado o maior industrial da sua época, dono da revolucionária fábrica de automóveis, a Ford Motor Company, instalada na cidade americana de Detroit, com carros fabricados em série e vendidos a preços "populares".  Na época, os ingleses detinham o poder da borracha no mundo e controlavam o preço. Ford precisava baixar os custos dos pneus que eram montados em seus carros, os famosos Ford´s modelo T. E sabendo que o Brasil fora o maior produtor de látex do mundo, teve a ideia de driblar essa situação comprando terras no estado do Amazonas, e criando uma plantação de seringueiras. Tudo muito planejado, em 1 milhão de hectares. Sim...1 milhão de hectares. Lembrando que 1 hectare tem dez mil metros quadrados. E Ford não tinha nenhuma restrição quanto ao uso da área. Podia fazer o que lhe desse na telha. Após a compra, foram enviadas para a propriedade, pessoas de confiança de Ford, para que iniciassem a preparação do local onde ficaria a cidade e tudo o mais que fosse necessário para o funcionamento da fábrica de látex. Bem às marges do rio Tapajós, navegavel o ano todo e com acesso ao oceano atlântico. O empresário era um visionário e estrategista. Todo tipo de equipamento necessário para a construção da cidade, incluindo uma ferrovia com locomotiva à vapor, maquinas de beneficiamento de madeiras e muitas outras, foram enviadas ao local. Ford, assim como em sua fábrica em Detroit, queria dar as melhores condições de trabalho possível aos funcionários. Construiu um hospital muito bem equipado, gabinete odontológico, escolas, refeitórios e outros benefícios como bailes e festas. Mas, fazia algumas exigências: que não se consumisse bebida alcoólica e farinha de mandioca, base da alimentação da maioria dos operários, nortistas e nordestinos. Ford insistia em alimentar os funcionários com hamburgers e comida enlatada. Houve até uma revolta dos trabalhadores, chamada de "quebra-panelas", para reivindicar o direito de poderem se alimentar conforme seus costumes. Outro problema enfrentado pela Ford, foi uma praga, que atacava o seringal. E assim, após plantar milhares de mudas de seringueiras, muito próximas umas das outras, as árvores foram dizimadas por um fungo em pouquíssimo tempo. Em 1943, Ford se viu obrigado a retirar o pessoal da sua fabrica de látex e a abandonar tudo. A produção de látex nunca foi suficiente para abastecer a Ford Motor Company. O sonho da auto-suficiência deixou um prejuízo financeiro de mais de 300 milhões de dólares. Ainda se encontram às margens do rio Tapajós, as ruínas da Fordlandia, e algumas pessoas que ali trabalharam ainda moram no local ou arredores.
 Abaixo segue um documentário em vídeo, mostrando um norte americano que nasceu na Fordlandia e voltou la para rever sua infância.
Vale muito a pena assistir. São imagens imperdíveis.
 Bem amigos, espero que tenham gostado desta história que está intimamente ligada ao mundo automotivo. Estou sempre procurando matérias interessantes para pode dividir com meus internautas. E peço que ajude a divulgar a memória do mundo dos automóveis, pois depois dos aviões, forma os obejtos que evoluiram mais rápido em nosso mundo.
Fontes de consulta:
Youtube
 autosbizus.com.br - seu site automotivo 
Mais um pequeno vídeo pra nosso deleite.
 autosbizus.com.br - seu site automotivo 
Um clássico da TV e seu famoso carro.
Quem com mais de 30 e com menos de 120 não escutou esta música e vendo este desenho animado, que anunciava o seriado de TV, que com certeza foi um do mais famosos do mundo. Batman e seu parceiro, Robin o menino prodígio, em mil aventuras de altíssimo risco (rsrsrs), enfrentando vilões que na maioria das vezes eram sempre os mesmos. 
Mas estamos aqui para falar mais do terceiro elemento da dupla dinâmica...opa! uma dupla só tem dois elementos...correto? Não...não é bem assim neste caso. O lendário carro preto com detalhes em vermelho, capotas em formas de bolhas e transparentes (uauuuuu!!! diziamos todos), com um manche no lugar do volante (uauuuuuuuuuuuu!!!) e um foguete como motor que o fazia dar arrancadas inimagináveis (uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!) também fazia parte da dupla...sem ele, o batmóvel, seria impossível chegar ao local do crime com a rapidez necessária e salvar Gotham City. E muito menos perseguir bandidos. A cena do batmóvel saindo da batcaverna...ahhh que deleite. 
Então trouxemos um pouco da história do batmóvel para que você saiba que o modelo clássico da TV não foi o primeiro, apesar de ser o mais famoso, e também não foi o último.
Mas é ele quem nos vem a mente quando falamos em BATMÓVEL.
   Primeiro Batmóvel, um Cadillac Conversível       
        Personagens em 1941
(notar as fantasias da dupla dinâmica)
Neste primeira versão da TV, o personagem bom moço Bruce Wayne dirigia um Cadillac conversível (o primeiro batmóvel) com a capota aberta e quando estava sob a pele do "cavaleiro das trevas" andava com a capota fechada. 
O batmóvel clássico surgiu em 1965, para a nova versão para a TV. 
O carro base do batmóvel versão clássica
O  carro usado foi um Lincoln Futura 1955 comprado num ferro velho por U$ 1,00 (um dólar) e foi reestiliazado por George Barris e Bill Cushenberry, que tiveram apenas três semanas para aprontarem o novo batmóvel para as filmagens do seriado. 
E assim iniciou-se um dos maiores ícones automotivos da TV. Por anos e gerações esta carro fez a alegria da meninada e dos marmanjos. Outros modelos de carros foram adotados para as versões no cinema. Mas o emblemático batmóvel da série da TV é pra muitos (pra mim é!) o verdadeiro batmóvel. 
Mais uma vez espero que tenham gostado da matéria sobre este famoso carro da TV. Estou pesquisando outras antigas novidades, ou novidades antigas para compartilhar com vocês. 
Se tiver alguma sugestão por favor nos envie através do nosso contato (clique aqui).
Peço que compartilhem para que o autosbizus.com.br seja conhecido por mais pessoas que curtem nossas postagens.
Grande abraço a todos e boa semana.
Anderson Areal - Gestor site.
Fotos e textos retirados da internet, fontes diversas.
 autosbizus.com.br - seu site automotivo 
Mais uma vez, lendo matérias sobre carros (óbivio), encontrei outro tesouro escondido sob
as areias do tempo, onde poucas pessoas sabem de sua existência. Eu particularmente não tinha conhecimento deste carro, mesmo ele sendo meu contemporâneo, sendo fabricado na mesma cidade em que morei por muitos anos, São Bernardo do Campo, que já foi considerada a Detroit brasileira, por abrigar a grande maioria das grandes montadoras.
MP Lafer 
Este carro é o irmão mais novo de um modelo conhecido por quem tem mais de 35 anos, o MP Lafer. Uma réplica do MG Inglês  feita em plastico reforçado com fibra de vidro, com mecânica VW Boxer ( a consagrada mecânica do fusca). Mas este modelo que vou apresentar a vocês infelizmente nasceu e em pouco tempo morreu. Os custos de fabricação ficaram além da capacidade da Lafer, até porque tinha muitos requintes nos detalhes como banco em couro legítimo e até luzes de advertências digitais no volante no projeto original.
Isto para 1976 era uma coisa muito complexa e difícil de se construir, pois não haviam importações de materiais eletrônicos como temos hoje. 
Ele estava no mesmo nível da categoria do Puma GTB (mecânica GM do Opala). Inclusive usado o mesmo conjunto moto-propulsor (motor GM 250 S, 4.100 cilindradas com 171 hp´s e cambio de 4 marchas, com cardã central e diferencial traseiro). Esta fórmula foi adotada pela Lafer, pois já estava testada e aprovada pelos usuários dos Opalas e Caravans, e trazendo um suporte de peças e manutenção fácies de serem encontradas em qualquer lugar do país. 
 
                                Visão lateral                                          Motor GM 250 S
O carro ganhou o nome de Lafer LL, um sedan 3 volumes, com 2 portas amplas. A frente contava com 4 faróis quadrados (uma exigência das legislações norte-americanas na época, talvez o fabricante vislumbrasse exportar o carro pra lá).
Frente com 4 faróis
Com o parachoque quase embutido na carroceria  encobrindo os sinalizadores de direção (piscas/sinaleiras). Desenhos limpos, sem cromados (o que seria uma tendencia em alguns anos na frente). 
 Interior requintado com bancos "alto" em couro
O interior era amplo, com 2 bancos confortáveis na dianteira, revestidos em couro legítimo, assim como os painéis das portas e laterais. 
Bancos traseiros
Os bancos traseiros eram também bastante confortáveis, sendo que os assentos eram divididos, mas os encostos eram em uma peça só.
No painel, tudo muito limpo, feito em madeira nobre. Os instrumentos estavam distribuídos bem ao centro. 
Painel do LL
O volante era recoberto com madeira e com o centro em aço. Tinha um console central com alguns interruptores, que descia do painel e abrigava a alavanca de marchas. 
Traseira do LL
Na traseira as lanternas eram enormes e avançavam pelas laterais do carro. O porta malas era amplo. O parachoque traseiro também era quase embutido na carroceria. 
O LL também nasceu do anseio de se fazer um carro esportivo, que na época era o grande sonho dos brasileiros mais abastados, já que para importar um carro esportivo era proibido. Foram feitos cinco exemplares, mas não se sabe o paradeiro deles, somente este da matéria, que está nas mãos de um colecionador que não quer se identificar. Este foi feito no ano de 1979 e conta com pouca quilometragem. 
Então meus amigos, é isto, mais um carro que foi feito por brasileiros para tentar criar e manter um carro esportivo nacional e feito em série. Mas como na grande maioria dos modelos que foram  pensados e feitos para uma elite, não vingaram. Os modelos Puma GT, MP Lafer, Miura, Gurgel, Bianco (temos uma matéria dele aqui) e mais alguns outros, tiveram uma sobre-vida maior, devido ao preço ser mais acessível a uma maior parte de pessoas (os playboys da época).e hoje são objetos de coleção.
Estamos sempre à caça de matérias como esta, onde carros poucos ou nada conhecidos, possam ser achados e que possamos contarmos um pouco da sua história. 
Acesse sempre nosso site para ficar atualizado das matérias e se cadastre para receber nossas novidades por email.
Até outra oportunidade.
Anderson Areal
Gestor site www.autosbizus.com.br 
Fotos retiradas da matéria no site http://www.mplafer.net/2007/09/lafer-ll.html                                     
Textos baseado na mesma matéria.
 Vejam mais abaixo outras matérias sobre carros antigos e especiais. 
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
Quem nos trás esta preciosidade, é nosso amigo e internauta Diego Garcia, paulista que atualmente reside em SC. O Diego já colaborou muito com a matéria sobre as F100 que publicamos nesta seção. Mas agora ele nos brinda com este acontecimento, em que ele próprio foi testemunha ocular. E o mais bacana é que um avô está nela, pra comemorarmos o Dia dos Avós. Vamos ao seu relato.
Um presente de avô.
"Um amigo meu de infância e adolescência, Pedrinho, se casou, em meados de 90, 91. Ele não tinha dinheiro, nem carro pra casar, mas quis se casar mesmo assim. Ele estava determinado a se casar com uma colega nossa mesmo sem ter os recursos normais. Mas marcou tudo, a família dele pedindo pra ele esperar um pouco que nem mesmo um carro ele tinha. Mas ele estava decidido e disse que ia se casar de qualquer jeito, sem carro mesmo. Os amigos fizeram o que podiam para ajuda-lo. Ele vendeu um monte de coisas pessoais pra poder se casar. Seu avô o chamou e disse: - Pedrinho, você tem certeza que vai se casar assim mesmo? - Vou sim. Respondeu meu amigo. O avô dele disse-lhe que então daria um presente, só que o presente estaria meio velho. Ele voltou-se ao avô e gentilmente disse que não era preciso. Mas seu o avô o convidou para um passeio de carro, seu velho e fiel fusca. Saíram em direção ao bairro do Tatuapé (na capital paulista). Depois de muita conversa, chegaram num terreno que o avô tinha há anos , e neste terreno só havia um galpão fechado. E o avô novamente disse que lhe dariam um presente, mas que estaria meio velho, e que seu neto poderia recusar se não quisesse. Caminharam em sentindo ao galpão e Pedrinho nada estava entendendo, mas pacientemente seguiu o avô. O galpão foi aberto pelo senhor, e la dentro, dormiam 3 carros. Pedrinho não estava entendendo nada, mas ficou muito surpreso com o que via. Lá dentro estavam: Um Passat TS creme, (com 4 faróis redondo na frente), um Dodge Dart amarelo e um Dodge Le Baron que não dava pra ver a cor direito, devido ao acúmulo de poeira.
Imagens meramente ilustrativas. Fonte Google.
O avô de Pedrinho o olhou e disse-lhe: - Esses carros estão ai guardados há muito tempo, nem sei quanto, uns 20 anos talvez... - Destes três, o menos velho e o Dodge Dart que andei muito pouco. Disse que naquela época se comprava carro direto da fabrica, e que a gasolina era muito barata. (??) Pedro ficou maravilhado em ver os carros, todos muito empoeirados, mas super inteiros. Quando entrou no Dodge Dart, observou no painel que ele marcava apenas 180 km. Ele deu um grito, - “Caramba!, isso é real? “ - É sim! - respondeu seu avô. A poeira encima dos carros tinha grossura de uns 2 dedos. O Dodge Dart era amarelo, dava pra ver. O Passat estava com 4000 km mais ou menos, cheio de mostradores no console (característica deste modelo na época), era lindíssimo, mas a “banheira” que estava mais no canto chamou mais a atenção dele por causa do pára-choque com um bico na frente. Ao se aproximar mais do Dodge Le Baron, começou a olhar por fora... viu aquele para-choque “invocado” em forma de bico. Pela janela observou o banco inteiriço com botões encravados no revestimento. O avô, depois de ver o entusiasmo do neto, disse: - Este era o mais luxuoso da época... Pedro então pediu pra entrar no carro. O avô retirou umas chaves do bolso e abriu o Le Baron e Pedro então se apaixonou... Câmbio na coluna, todo cromado, o radio era integrado ao painel, cheio de detalhes, tudo no lugar certinho, quando ele olhou a quilometragem, estava com 500 km mais ou menos. Ele deu risada e disse ao avô: - Caramba vô!!! Mas a curiosidade em saber qual era seu presente, estava em sua cara. Perguntou ao avô de quem era aqueles carros. E seu avô respondeu calmamente: - A partir de hoje um deles será seu, é só escolher! Pedro me relatou depois que até gelou a sua barriga e não sabia qual escolher, mas sabia que um dos carros já o tinha escolhido. E então escolheu o Le Baron. O avô falou: - Eu comprei esses carros todos zeros, mas eu tinha o fusca, usei eles muito pouco e nem sei se funcionam mais. Preferia meu velho fusca... - Os guardei no galpão e nunca mais vim vê-los. Se quiser mesmo ficar com ele, pode pegar que já é seu! Mas eu estava até com medo do estado deles. Foram a um mercadinho que tinha lá por perto, compram sabão e uma mangueira e Pedro lavou o Le Baron ali mesmo. Seu avô disse: - Pedrinho, amanhã voltamos pra pegar o carro. Mas Pedro queria mesmo era dormir dentro do carro. Começou a lavar ele todo, e a cor dourada do carro foi surgindo. A pintura estava perfeita, não tinha nem um risco, só precisava de um pouco de cera para voltar o brilho. Apenas o teto de vinil ficou meio estranho. No dia seguinte, com uma bateria nova, e pasmem, o carro funcionou de primeira...Pedrinho se apaixonou mais ainda quando ouviu o ronco do motor V8 pela primeira vez. Viu que seu avô ficou emocionado ao ver o carro funcionando. Pedrinho me ligou contando a historia chorando, rindo... dizendo que tinha ganhado um presente do avô dele. Foi correndo em minha casa me buscar, pra eu ver o carro. Ele sabia que eu quase não gostava de carro antigo... Quando eu cheguei lá, vi aquele galpão velho e vi os carros... Nossa! Abri a porta do Le Baron que tinha uma maciez fora do comum. Sentei naquele banco inteiriço, parecendo um sofá, o pedal do freio era gigante a marcha era na coluna, cromado, coisa fora do comum e o radio funcionando perfeitamente. Eu sonhei com aquele carro vários dias seguidos. Em pouco tempo, Pedrinho se casou e a noiva foi levada na igreja com o Le Baron que ele ganhou do avô. Todo orgulhoso e ela toda (noiva) também toda orgulhosa... Tempos depois perdi o contato com meu amigo Pedrinho, nunca mais nos falamos, pra saber se ele ainda estava com o carro. Na época, seu avô deu o Dodge Dart à um outro neto. O Passat TS, nunca soube do paradeiro. Curtimos muito com o Le Baron, a “banheira dourada” do Pedrinho." Bom, amigos do Bizu das Antigas, agradecemos imensamente ao Diego por compartilhar conosco esta história pessoal, e com exclusividade. Temos a certeza de que ao ler o texto, viajamos no tempo, como se pudéssemos assistir a um vídeo de todo o enredo. As imagens foram colocadas por nós, do autosbizus.com.br para que nossos internautas saibam de quais carros estão protagonizando este episódio, pois temos muitos visitantes mais jovens que não conhecem estes veículos ou seus detalhes. Se você também sabe de uma história ou relato semelhante, compartilhe conosco, que teremos muito prazer em publica-la em nosso site. Pedimos que compartilhem nosso site se gostaram. Também façam seu CADASTRO para receberem notícias e promoções exclusivas. Um abraço a todos e esperamos vocês na próxima matéria. Anderson Areal Gestores do site www.autosbizus.com
Retornar ao site
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
Invenção do sueco Nils Bohlin já salvou mais um milhão de vidas, segundo estudo da Volvo. Criado em agosto de 1959 pelo engenheiro sueco Nils Bohlin, da Volvo, o cinto de segurança de três pontos é considerado até hoje uma das inovações mais importantes
em segurança veicular de todos os tempos. Projetista de sistemas de ejeção de pilotos para a indústria aeronáutica, Bohlin foi contratado pela Volvo em 1958 para assumir o cargo de primeiro engenheiro de segurança da empresa sueca. Na época, os cintos de segurança eram fixados apenas em dois pontos e não prendiam a parte acima da cintura do corpo dos ocupantes, o que geralmente resultava em lesões nos casos de colisões em
alta velocidade.

Bohlin levou exatamente um ano para idealizar, desenvolver e testar um dispositivo com três pontos de fixação, simples, eficiente e de fácil manuseio, que possibilitava proteger os ocupantes do carro pelo tórax e não mais pelo abdome. No dia 10 de julho de 1962, o engenheiro recebeu a patente nos Estados Unidos pela invenção.
Em 1985, o Departamento de Patentes da Alemanha classificou o cinto de segurança de três pontos entre as oito invenções mais importantes em um século de existência. Bohlin recebeu também, em 1995, a Medalha de Ouro da Academia de Engenharia Científica da Suécia.
Foi homenageado também pelo Automotive Hall of Fame, em 1999, e pelo National Inventors Hall of Fame, em 2002, exatamente no dia de sua morte, aos 82 anos, vítima de ataque cardíaco.
Em 2002, a Volvo divulgou um estudo que estimava em mais de um milhão o número de vidas salvas pelo cinto de segurança criado por Bohlin. Especializado em segurança veicular, o instituto norte-americano National Highway Traffic Safety Administration calcula que o cinto previne anualmente, somente nos Estados Unidos, cerca de 100 mil casos de lesões decorrentes de acidentes automobilísticos.
Matéria retirada de:
Devaldo Gilini Júnior
Editor do blog sportcarsnaweb.blogspot.com e da RICTV-Record
devaldojr@gmail.com

Retorne ao site


autosbizus.com.br - seu site automotivo.
Outro modelo super esportivo brasileiro que provocou muito burburinho.
 
 Amigos do autosbizus.com.br, nesta seção Bizu das Antigas, sempre estamos atrás de trazer carros pouco conhecidos da grande maioria dos brasileiros. Buscamos imagens e textos curiosos e especiais que mostram a vontade e a persistência em ter um automóvel exclusivo ou semelhante aos feitos na Europa e EUA na época em que importar um modelo era quase um crime ediondo. Hoje falaremos de um modelo esportivo que foi fabricado no Brasil, na década de 80 e por seu desenho inusitado, chamava  a atenção por onde quer que passasse.  Trata-se do Hofstetter, um modelo esportivo de 2 lugares, feito com plástico e reforçado em fibra de vidro , receita testada e aprovada por diversos fabricantes como Gurgel e Puma entre outros, mas que foi usada muito antes destas empresas utilizarem esta forma de fazer carrocerias leves e duráveis (veja matéria sobre o DEMOCRATA mais abaixo). Imediatamente minha memória foi remetida à minha adolescência, entre os 12 e 16 anos, quando conheci este carro e me apaixonei perdidamente por ele. Mas só por meio das revistas automotivas e alguma publicações da época. Depois vi alguns raros exemplares rodando nas ruas de São Paulo. 
Produto da imaginação de Mário Richard Hofstetter, que emprestou seu sobrenome para batizar o modelo. O desenho derivou de um modelo da Alfa Romeo, o Carabo.
Mario Hosftetter era ainda um jovem e juntamente com seu pai, empresário e imigrante suíço, inciou o protótipo após vender um kart e colocar em prática seus conhecimentos em reparar planadores com fibra de vidro, utilizando chapas de madeiras e linhas retas com angulos acentuados para fazer os moldes da carroceria.
No protótipo usou um conjunto moto-propulsor de um carro de corridas protótipo. Usando de toda a imaginação possível, as portas se abriam para cima, sistema chamado asas de gaivota, semelhantes as Mercedes Bens SL 300. Os vidros eram enormes exceto o vigia traseiro. Entradas de ar nas laterais, após as portas, davam o ar todo esportivo ao modelo.  
Tinha medidas inusitadas para a época,  4,17 metros de comprimento, 1,74 m de largura, 2,38 m de distância entre eixos e apenas 1,07 m de altura. Um peso em ordem de marcha (todos os reservatórios cheios, todos os componentes obrigatórios) 1.120 kg.
O chassi era semelhante aos dos fuscas (tubo central) e com uma gaiola para proteger os ocupantes. A única palheta do limpador do para-brisas era de um caminhão Mercedes. Muitas peças eram de carros de produção em série. A suspensões eram independente nas quatro rodas, sendo que a a suspensão dianteira e caixa de direção vinham do chevette e a traseira foi elaborada com componentes da suspensão Mc Phearson VW e triângulos.
E os Hofstetters tiverem o cuidado de catalogar cada peça, fazendo um manual que acompanhava o carro na hora da venda, visando facilitar a vida dos seus proprietários quando fossem fazer as manutenções.
Como o protótipo em condições de rodar, a idéia em transforma-lo em um carro de série logo se tornou realidade. Com alterações no desenho da carroceria e a adoção de um enorme aerofólio  na traseira, o modelo comercial recebeu mecânica mais convencional para a época, como um motor e cambio de 4 marchas VW AP. 
A ideia inicial era o motor 1.6 mas logo  foi adotado o 1.8 do Gol GT. Um turbo compressor com 0,9 kg-cm foi adicionado ao motor, para que a performance esportiva fosse conseguida, pois o Hofstetter era mais pesado que o Gol. Gerando uma potencia aproximada de 140 CV e torque de 21 m-kgf. Um resultado muito agradável para a época. 
Nas primeiras unidades produzidas, as janelas das portas eram fixas, obrigando o condutor a abrir a porta para efetuar pagamentos em pedágios ou coisa parecida. Depois instalaram pequenas aberturas corrediças para amenizar este incomodo. 
Os faróis principais eram escamoteáveis, mas haviam faróis auxiliares embaixo, juntamente com as luzes direcionais (setas/sinaleiras). 
O painel era o mais completo possível e um volante bem estilizado com 30cm de diâmetro, o que dificultava as manobras com o carro parado, pois a direção não era servo-assistida (hidráulica), como dissemos antes, era a caixa de direção do chevette. Bancos revestidos com couro e um carpete forrava o interior do cock-pit. No início da produção as vedações contra água e poeira foram um problema, mas ao poucos a empresa conseguiu sana-los. O nível de ruído interno era um pouco mais incomodo que em um carro comum, devido ao motor estar quase dentro do cock-pit, em posição central e a caixa de marchas do lado oposto, bem no final do chassi. Os engates de marchas eram dificultosos para quem dirigia o carro pela primeira vez, devido ao sistema de alavancas utilizado, mas em pouco tempo se habituava e a coisa fluia bem. Alguns modelos foram dotado de T.A. (Transmissão Automática) também oriundas dos veículos VW. O ar condicionado era eficiente pois  a cabine era pequena. Faltava na época um sistema de desembaçamento elétrico do vidro traseiro, pois no inverno, com o calor gerado pelo motor, próximo ao vidro o que o fazia embaçar constantemente. E devido a posição da pilotagem, virar-se para limpa-los era uma coisa pra acrobata de circo. 
Foi apresentado no Salão do Automóvel de 1986  mesmo ano do lançamento do Ford Escort, e no stand da Hofstetter a movimentação chegava a ser muito maior que o da Ford em certos momentos. Todos queriam saber que carro era aquele, pois nesta ocasião o modelo 2.000 apresentado ostentava um enorme aerofólio traseiro, coisa que era objeto de sonhos de muitos apaixonados por carros. Alterações no chassi, nas portas, painel com mostradores digitais e motor 2.0 do VW Sanatana, completavam o pacote de melhorias.
A intenção dos Hofstetter´era de manter uma produção de no máximo 30 unidades por ano, para manter o status de modelo exclusivo, e seu preço, o equivalente a quase 4 Ford Escort XR3, o esportivo de linha mais cobiçado da época, ajudava nesta idéia. Mas a empresa não conseguiu manter seus planos, e as vendas foram bem abaixo do esperado. E assim a Hofstetter encerrou suas atividades tendo vendido no máximo 20 unidades. Ninguém sabe do final da empresa e o que sobrou de seus equipamentos. 
Página de revista da época.
Este desenho do Hofstetter é de autoria do nosso amigo e parceiro
Mauricio Morais. Veja outros modelos feito por ele em
Bom amigos, este fora de série foi muito cobiçado nos anos 80, mas assim como  a maioria dos fabricantes de pequeno porte ou de garagem, não aguentaram o tranco para manter uma produção com custo baixo e lucro. 
Estaremos a procura de outros carros especiais que marcaram sua passagem pela história do automobilismo brasileiro. Se gostou desta matéria, indique nosso site à seus amigos.
Um grande abraço e até o próximo BIZU DAS ANTIGAS.
Anderson Areal / Clea Jatahy
Gestores do site www.autosbizus.com.br
Fonte de pesquisa e imagens 
Best Cars web Site 
Google.
Fotos: divulgação.
Retorne ao site
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 

Como uma Ferrari Dino foi parar embaixo da terra?

Saiba mais sobre esta instigante história
Mais uma vez garimpando coisas sobre curiosidades do mundo automotivo, me deparei com esta história no mínimo curiosa. Uma Ferrari Dino encontrada enterrada em um quintal de uma casa em Los Angeles em 1978. O carro foi desenterrado e acabou sendo restaurado. Leia a matéria clicando na imagem. 
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 

F-100 Uma lenda sobre rodas

A pick-up que marcou forte presença na história automotiva.
Começaram a serem fabricadas nos EUA depois no Brasil, e em outros países do mundo, muitas delas continuam rodando e fazem cabeças virarem para olha-las, pois é quase impossível não admira-las. Algumas estão como saídas da linha de montagem, bem originais e outras são personalizadas ao gosto de seu proprietários. Umas com apenas um jogo de rodas esportivas e outras com todas as alterações possíveis e imagináveis As Pick-ups Ford F100 são exemplos de carros antigos e clássicos.
 
F100 furgão
A Ford F100, começou a ser fabricada em 1953 nos EUA, mas ela teve uma antecessora, a F1 (Primeira geração da linha F1.
Modelo F1
O modelo da F100, que foi a segunda geração da linha F, na minha opinião é a mais charmosa de todas. A Ford foi a primeira montadora a se instalar no Brasil, em 1919. Só passou ao status de fabricante em 1956 com a produção do caminhão F600 com 40% de nacionalização e logo em seguida em 1957 começou a produzir a F100 modelo clássico, pois em 1956 a Ford norte-americana parou de produzi-la nos EUA e mandou todo o ferramental para o Brasil. Lá entrava a terceira geração da linha F100 (1957 a 1960) com um desenho totalmente diferente da antecessora.
Primeiras instalações da Ford no Brasil
Fabrica da Willys Overland comprada pela Ford no Brasil
F100 1970 nacional - com frente reestilizada. 
Mas também muito agradável visualmente e poucas mudanças na mecânica. Toda a linha F contava com um motor V8 de 4.5 L e 167CV. Um belo propulsor, e nesta época a gasolina tinha um preço muito atraente. Diesel era coisa rara.
 
Com linhas arredondas e suaves, tinha a alavanca de marchas na coluna de direção e cambio de 3 velocidades sendo que só a segunda e terceira marchas contavam com anel sincronizador. A primeira era "seca", ou seja, o veículo tinha que estar totalmente parado pra se conseguir engrenar esta marcha. Era necessário muita habilidade do "chofer" (palavra que designava os bons motoristas, derivada da palavra de origem francesa chauffer), quando ele precisava engatar a primeira marcha em uma subida íngreme ou com muito peso, sem parar totalmente. Pois os freios eram a tambor nas 4 rodas e dependendo do peso ou da estrada, era difícil manter o veículo parado totalmente sem deixa-lo voltar pra trás. Para executar esta proeza, usava-se o recurso da dupla embreagem (pisar no pedal da embreagem, tirar da marcha em que se estava, possivelmente segunda, soltar o pedal da embreagem, dar uma rápida acelerada, pisar novamente na embreagem e engatar a primeira sem deixar as engrenagens "arranharem"). Mas tudo isto em um tempo específico...por isto que foi usada a expressão "colocar a marcha no tempo". Mas, era o supra-sumo dos utilitários da época. No Brasil foi muito usada para deslocar cargas e pessoas. O motor V8 que equipava essas pick ups era importado no primeiro ano, que só viria a ser produzido no Brasil no ano seguinte.(que a fábrica não escondia o orgulho de produzir o V8 por aqui). Este motor fazia com que a F100 deixasse muito carro pra traz. Isso fez com que picape fosse muito bem vista por motoristas que tinham pressa para transportar produtos perecíveis no trajeto São Paulo/ Rio de Janeiro/ São Paulo/ Santos como verduras e peixes, (naquela época não era comum se ver baú frigorífico). O desempenho era um dos seus principais atrativos, embora a sua principal rival da Chevrolet do Brasil, com um motor seis cilindros com 4,2 litros levasse a melhor sobre o motor V8 272 que era pomposamente chamado de Power King. As suspensões dianteiras e traseiras eram com feixe de molas.
Cabine e painel - Alavanca marchas na coluna
A cabine da F100 é bastante simples mas espaçosa. O motorista tinha a mão um conjunto de instrumento em moldura com formato de arco em um painel de aço pintado na cor da carroceria. O banco era inteiriço tipo sofá (muitos namorados usaram este sofá, rsrsrs). 
Ainda hoje cultuada, a caçamba step-side, com para-lamas salientes e mais estreita na parte interna, que acompanhava as primeiras F100 nem sempre fez muito sucesso. Muitos compradores dessas picapes retiravam o equipamento original para colocar carrocerias de madeira pois oferecia uma área maior para carga. Isso fez com que a montadora passasse a oferecer a opção da picape sem caçamba, e opções como perua e furgão. A partir do modelo de 1961 a picape recebeu caçamba style side , mais larga , acompanhava a linha da cabina e incorporava os para-lamas.
Carroceria Step-side

 
Furgão F1
As picapes que a principio eram usadas muito em meio rural e pra cargas leves, começavam a ser usadas para passeio. Visto isso pela montadora, em 1965 a Ford lançou a F100 em duas versões, a passeio com suspensão Twin-I-Beam mais macia (molas espirais) que destinava-se para o lazer, e a Rancheiro que pegava no pesado.
 
Poucas alterações foram feitas nos modelos seguintes, como faróis, lanternas, grades e emblemas. Mas era um veículo muito robusto e de grande aceitação no mercado nacional. Fora lançada o modelo cabine dupla com uma curiosidade. Só havia uma única porta traseira do lado direito e abrindo ao contrário da dianteira (modelo  suicída).
 

Modelo cabine dupla - porta tipo suicída.

Em 1971 a Ford Brasil adotou o desenho da F100 norte americana que já era fabricada desde 1968. Linhas retas e abuso da forma retangular. Com a crise mundial do petróleo iniciada em 1973, foi adotado uma versão de motor 4 cilindros (motor Ford Geórgia). Ganhou versão a álcool também
Modelo a partir de 1971
Em 1979 era lançada o modelo com motorização a óleo diesel, a linha F1000. Motor perkins (atula MWM) de 4 cilindro injeção direta. Ganhou nova frente com 4 faróis. Muito cobiçada pelos brasileiros, pois o óleo diesel era subsidiado pelo governo, e o preço por litro era muito mais barato que o da gasolina.
F1000 motorização a diesel
O chassi e mecânica da F1000 foi muito usado por outras empresas de carros especiais. Houve uma grande febre pela pick-ups cabines duplas, com a condicionado e outros confortos, como vários bancos altos e reclináveis e até frigobar e TV. Algumas empresas desenvolveram furgões em fibra de vidro.
Modelo F100o cabine dupla
A mecânica simples e robusta, já conhecida dos brasileiros, foi o grande atrativo para esta avalanche de novos modelos. Qualquer fazendeiro ou sitiante mais abastado tinha a sua "CABINE DUPLA" pra viagens e passeios. Mas nas cidades grandes também o sucesso foi grande. A Ford Brasil também motorizou a linha F1000 com o motor Geórgia de 6 cilindros (chamado de motor argentino,por ter a fábrica naquele país) na versão álcool e também a gasolina. Era um motor de muita força e robustez, mas com uma certa dificuldade de encontrar peças de reposição em nosso país. Esperamos que tenha gostado desta matéria sobre este veículo que tanto colaborou pelo progresso do nosso país, transportando coisas e pessoas em todos os cantos e recantos do Brasil. Queremos ve-los em breve em nossos próximos Bizus das Antigas. Se gostou desta matéria, pedimos que indique a seus amigos e curtam nossa página do Facebook. Esta matéria teve a colaboração do nosso amigo Diego Garcia, outro apreciador do antigomobilismo, que está estreando como nosso colaborador. Aguardem novas matérias.  Anderson Areal / Clea Jatahy
Gestores do site www.autosbizus.com.br
Imagens retiradas do Google / textos colhidos de sites diversos.
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 

Placa Preta - Uma crônica sobre ela
Estava eu pesquisando pela internet sobre assuntos relacionados aos carros antigos e eis que deparei com esta matéria no site www.carroantigo.com e achei muito interessante. Mesmo com data de 5 anos atras, é muito atual. Há muitas lendas urbanas sobre a placa preta. Muita fantasia ronda as mentes de pessoas que não estão acostumadas com o mundo do antigomobilismo no Brasil. Acham que é só comprar um carro velho (não antigo), dar uma garibada nele e ir a um despachante ou Detran e solicitar esta placa especial. 
Como diz o ditado, "o buraco é mais embaixo". Então vamos à matéria: 
Desde a publicação da Resolução 56 do CONTRAN (21 de Maio de 1998), o Certificado de Originalidade (Placa Preta) vem sendo mal interpretado e, o que é pior, muitas vezes mal utilizado. No Brasil, quando algo envolve dinheiro ou poder, sempre surgem aproveitadores, e o meio Antigomobilista não é exceção. Muitos assumem cargos em entidades tendo como objetivo principal a obtenção de vantagens, sejam elas econômicas ou sociais (status).
As primeiras planilhas de vistoria (confeccionadas por clubes) que surgiram após a Resolução 56 eram, como tudo no início, muito “precárias”, isso sem contar o erro da resolução em relação à idade mínima de fabricação. Erro que foi fruto de uma minuta mal redigida (propositalmente?). Até o ano de 1999, apenas 5 entidades eram credenciadas pelo DENATRAN (três delas utilizavam procedimentos e planilhas similares – elaborados pela FBVA... as outras duas utilizavam procedimentos e planilhas criadas por eles próprios). Vários veículos foram emplacados nessa época. Muitos erros foram cometidos... era o início...
A tendência era uma evolução com o passar dos anos...  mas, ... Não demorou muito e a “placa Preta” começou a ser utilizada com outros fins (principalmente como justificativa para afiliação) e posteriormente no meio “comercial”.  Associado a isso havia também uma grande desinformação no meio antigomobilista. As entidades passaram a cobrar taxas, que aumentavam constantemente visando, dentre outros, “arrecadar mais”.
O Certificado de Originalidade passou a “ser considerado” apenas um documento para “facilitar” o uso/circulação de veículos antigos... e, para muitos, como objeto de “comércio” ou status. A “Placa Preta” foi criada com o objetivo de preservar os veículos antigos com mais de 30 anos de fabricação”, que são “mantidos como objeto de coleção”, que “ostentam valor histórico pelas suas características originais” e que “mantém em pleno funcionamento os equipamentos de segurança de sua fabricação”. 
Pelo texto acima (do certificado de originalidade, anexo da Resolução 127 CONTRAN) chega-se à conclusão que o objetivo original deste certificado (Placa Preta) é preservar os veículos antigos (originais ou restaurados) que conservem suas características originais de fabricação, tornando-os verdadeiros “museus sobre rodas”. 
O objetivo é preservar a história.
E este só será alcançado se o veículo realmente tiver um alto grau de originalidade, ou seja, preservar suas características originais de fábrica.
Muitos se perguntam: E o que é “alto grau de originalidade”?.
Alguns itens dos veículos, por possuírem características singulares ou terem efeito estético significativo no conjunto, não devem ser retirados ou substituídos e sim restaurados ou reproduzidos (por exemplo: os freios “tipo varão” dos “fordinhos”. Sua substituição por outro sistema mais moderno (hidráulico, por exemplo) causa uma descaracterização grande, pois são elementos singulares e históricos – além do que o texto legal do próprio Certificado menciona: “ostentam valor histórico pelas suas características originais” e que “mantém em pleno funcionamento os equipamentos de segurança de sua fabricação”. A substituição de rodas originais ou opcionais de fábrica, por outras, mesmo que sejam de época, causa uma descaracterização estética e também não deveria ser feita.
Da mesma forma, os vários itens que compõem o veículo devem ter este tipo de análise (rigorosa e com muito bom-senso)... para se chegar à conclusão do “alto grau de originalidade” lógico e aceitável. Para isso, deve-se agir de forma totalmente imparcial, respeitando-se o objetivo da Placa Preta, e não buscando facilidades ou defendendo interesses...
Existe uma pequena quantidade de veículos que apresentam situações/características específicas, seriam uma espécie de veículos-exceção (são muito raros; estão em bom estado e nunca foram restaurados; etc). Para estes veículos, devem ser utilizados critérios que permitam “preservar” o máximo possível sua história e ao mesmo tempo não prejudicar a concessão do Certificado de Originalidade. Estes casos são exceções e devem ser analisados à parte. Algumas planilhas/procedimentos chegam a prejudicar o verdadeiro sentido da “Placa Preta” e até servem de “incentivo” para que determinado proprietário de veículo (e muitos outros) venham a fazer, sem realmente serem necessárias, modificações (pois sabem que serão “aceitas”). Ou até mesmo servem de incentivo a que não se busque a originalidade do item, afinal “é aceito” assim.
São planilhas e procedimentos que aceitam alterações de itens que na maioria das vezes, não têm justificativa lógica e plausível, e afetam significativamente a “história” e/ou a estética do veículo, por exemplo: a troca de motores, a troca de sistema de freios, a troca de rodas, descaracterizações na pintura, etc.
Aceitar tais modificações só seria justificável em situações especialíssimas nas quais seria impossível, ou quase, a recuperação ou reprodução do original. Hoje é possível fazer recuperação ou reproduzir quase tudo e de forma idêntica ou similar ao original.
Muitos Clubes, que utilizam determinadas planilhas, até por uma questão de isonomia, pois fazem parte de um mesmo grupo, estão buscando e conseguindo uma ampliação na “aceitação de substituição de item”.  Houve alegações do tipo:  “se determinado veículo “X” pode, por exemplo, substituir o motor (e não seria um caso de exceção) por que veículo “Y” também não poderia?.”
Este "afrouxamento" nos critérios acontece por quê?  Para preservar os veículos com valor histórico? Com certeza não!
Para satisfação de proprietários? Talvez!
"Placa Preta" é para ajudar a preservar veículos com valor histórico, originais, e não para todo veículo com mais de 30 anos de fabricação.
Se não houver uma conscientização e uma reformulação por parte dos que distribuem estes conceitos/procedimentos correremos o risco de termos, no futuro, uma grande frota de veículos “placa pretas”, a maioria descaracterizados, de pouco valor histórico original.  Além do prejuízo causado à história... (o que é pior)  pois tais veículos, por ostentarem a Placa Preta, serão “considerados pelos leigos” como representantes do original de fábrica.
A maioria dos clubes não disponibiliza para o proprietário do veículo, uma cópia da vistoria. Alguns alegam que a planilha é “um procedimento interno” que só interessa ao clube. Tal procedimento, além de obscuro, pode prejudicar o proprietário, que é o maior interessado em saber “como” foi feita a vistoria e qual a pontuação atribuída a cada item. Para que possa promover futuras melhorias no item que recebeu pontuação baixa... Há planilhas que obrigam o vistoriador a avaliar “em conjunto” se o item era original e o seu estado de conservação e, “misturar” original+conservação, para marcar uma pontuação... Tarefa extremamente subjetiva.
Como a originalidade e estado de conservação são variáveis distintas, a sua mesclagem não é possível sem utilizar-se de subjetivismo.
Talvez seja este o motivo do não fornecimento ao proprietário de cópia deste tipo de vistoria...  O risco de se detectarem disparidades é enorme...
Também nesse ponto há necessidade de uma conscientização e de uma reformulação por parte dos usuários destes procedimentos. 
A vistoria deve ser feita com a utilização de critérios e procedimentos essencialmente lógicos e mais objetivos possíveis.
E, por uma questão de transparência, o proprietário deveria receber cópia (para saber o que foi feito e até para, eventualmente, contestar alguma pontuação... vivemos numa democracia...). Não há motivo justificável, desde que a vistoria tenha sido bem feita, para se ocultar a pontuação atribuída aos itens. Outro fator que facilitou e ainda facilita a concessão de Certificados de Originalidade por interesses diversos (adotada por grande parte dos clubes) foi a atribuição exclusiva ao presidente de assinar (conceder) o certificado.  Quando a responsabilidade é distribuída para mais pessoas (em conjunto), a possibilidade de “irregularidades” ou “erros” tende a diminuir.  É como diz aquele ditado : “...se as 3 chaves que abrem o cofre estão com uma mesma pessoa, a possibilidade de acontecer algo é maior...”. 
O meio antigomobilista conhece vários casos de presidente de clube que se utiliza desta “prerrogativa” para conceder certificados sem a utilização de critérios lógicos e em desacordo com os objetivos da “Placa Preta”. 
Não temos visto entre as entidades (clubes) atitudes com vista à cassação de Certificados de Originalidade emitidos sem muito critério. É verdade que existem no meio aqueles que não querem tomar nenhuma atitude, pelo contrário, fazem este tipo de emissão regularmente.
Mas, e quanto aos demais?  Será que também não há interesse? Ou não há um termo de responsabilidade assinado pelo proprietário que possibilite isso?. Se houve erro na emissão do Certificado de Originalidade, por deficiência ou falhas nos critérios, já estaria na hora de se fazer uma revisão (convocando os veículos para nova vistoria).
Um processo de cassação pode até ser trabalhoso, mas o efeito moralizador seria grande...  Aí sim poderíamos separar o “joio” do “trigo”.  E hoje, quem tem maior poder para desencadear um processo que vise à cassação da Placa Preta é a entidade que emitiu o Certificado e possui o Termo de responsabilidade assinado pelo proprietário. O problema é quando a entidade não quer ou então acha certo alterações que vão contra o verdadeiro sentido da "Placa Preta". Uma questão a se pensar: Por quê alguém quer colocar a "Placa Preta" em seu veículo?
Por "Status"?; pela suposta "valorização"?; para evitar problemas quando em trânsito?; para satisfação do ego?, etc, etc, etc.
Quantos colocaram a "Placa Preta" em seu veículo tendo como pilar norteador o verdadeiro sentido do instituto "Placa Preta" (preservar veículo de valor histórico)? E com relação a alterações? Quem tem um veículo com alterações, por exemplo, com rodas que não são originais ou não são equipamento opcional de fábrica (e pensa que isto está certo), esquece-se que está havendo uma afronta ao verdadeiro sentido do Certificado de Originalidade e que estas alterações, quase sempre injustificáveis, são feitas apenas para uma "satisfação pessoal".
Infelizmente é um fato: O Brasil é o País da "Lei de Gerson".
Este texto é um alerta geral para que possamos repensar a situação atual...  e fazermos a nossa parte...  em busca da moralização da “Placa Preta” em seu sentido original (preservar a história...) deixando de lado interesse puramente pessoal.
João Marin (Juka), Londrina-PR, 22/02/2007
Pois é meus amigos...de vez em quando vemos verdadeiras aberrações com placa preta. Veículos muito mau restaurados, com enfeites de gosto duvidosos, cores nada a ver com o modelo e muitas outras falta de bom senso. O antigomobilismo é uma arte acima de tudo. O objetivo é manter viva a memória dos automóveis, e através desta arte, podermos ver ao vivo o passado.
Claro que nem tudo que foi feito antigamente nos veículos foi de bom gosto. Sempre houve exageros. Mas história é história. Está feito e registrado.
Esperamos que tenha gostado de mais esta matéria, e agradecemos sua audiencia. Esperamos encontra-los em novas oportunidades em nosso site.
Grande abraço a todos.
 Anderson Areal
Clea Jatahy
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
Bianco S - Um esportivo fora de série
Nasce uma estrela
No Salão do Automóvel de 1976, em São Paulo, era apresentado um esportivo nacional com carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro e as consagradas plataforma e mecânica Volkswagen: o Bianco. Era obra de Toni Bianco, famoso projetista paulista de origem italiana, que desde a década de 60 projetava carros de competição é dele também o projeto do primeiro Fórmula 3 nacional.
Para aqueles que já acompanhavam as corridas no país, porém, a carroceria do Bianco não era novidade. Um carro muito semelhante, com o nome de Fúria, correra nos principais autódromos do Brasil. Usava mecânica do FNM 2150, do Chevrolet Opala, V8 da Chrysler, BMW e até um V12 Ferrari. 
SUCESSO NAS VENDAS DO BIANCO
 Foram vendidas no estande de lançamento, 180 unidades. Um carro de desenho moderno, agradava por sua beleza de qualquer ângulo que fosse visto. Como tinha tendências esportivas, tinha somente dois lugares, linhas curvas e muito aerodinâmicas. Para um carro com estas características, a área envidraçada era ampla, o pára-brisa enorme e envolvente, e sua visibilidade para a frente e os lados era muito boa. Suas linhas eram originais e lembravam protótipos europeus do Campeonato Mundial de Marcas. Tinha entradas de ar sobre o capô, para aeração interna, e na traseira para o motor. Era baixo e na traseira se destacavam três lanternas redondas, as mesmas da linha Opala da época. Compacto, media 3,8 metros de comprimento.
Por dentro era notável a instrumentação completa, incluindo conta-giros e relógio, além do volante esportivo com aro de madeira e pomo da alavanca no mesmo material. Como itens de série tinha vidros verdes e pára-brisa laminado degradê, bancos revestidos em couro e controle elétrico dos vidros. Detalhe interessante era a antena de FM, um fio incorporado ao pára-brisa, o que as grandes marcas só adotariam muito depois. O interior trazia revestimento em couro e controle elétrico dos vidros. Um luxo para época.
 
A produção mensal girava em torno dos 20 carros: um modelo exclusivo, que não passava despercebido nas ruas, sendo confundido com carros importados. Seus concorrentes eram o famoso Puma e o Adamo, ambos usando a mesma plataforma e base mecânica que o Bianco. Por isso o desempenho era similar -- e muito tímido para um esportivo. Sua aceleração de 0 a 100 km/h estava na casa dos 15 segundos e a velocidade máxima era de 150 km/h. Os sedãs de seis e oito cilindros existentes na época exibiam números bem mais apreciáveis. Caso recebesse preparação no motor, já muito desenvolvida para a mecânica VW, o desempenho melhorava bastante. Tinha freios a disco na dianteira, rodas bastante largas (8 pol de tala) e pneus 185/70 R 13, que ajudavam na estabilidade apesar da conhecida suspensão VW por barras de torção. O comportamento geral era muito bom, com ajuda da ótima aerodinâmica. O estilo agressivo e original foi sempre um destaque do Bianco, mas o desempenho não acompanhava: como inúmeros outros fora-de-série, utilizava a plataforma e a mecânica VW 1600 "a ar"
Motor VW boxer 1.6
Notar compressor do ar condicionado.
Se a mecânica não era dos maiores atrativos, o desenho e a sofisticação interna atendiam aos mais exigentes. Ganhava de seus concorrentes em dirigibilidade, visualização e instrumentação do painel, acabamento e nível de ruído. Usava vários componentes de outros veículos. Notar as lanternas traseiras que eram do Opala da época.
  
Bianco SÉRIE 2
Em 1978 chegava às ruas a Série 2 do Bianco.  Foram poucas alterações externas que eram logo vistas no capô, que não tinha mais as entradas de ar. Atrás, na parte inferior da carroceria, abaixo da placa, havia saídas em forma de triângulo que ficavam entre os dois canos de escapamento. Antes das caixas de roda traseiras surgiam pequenas entradas de ar horizontais para o motor. Por dentro o Bianco ganhava novos bancos em couro e forração das portas no mesmo material. O espaço atrás dos encostos também estava maior -- para pequenas bagagens. Um problema enorme dos carros de fibra na época era a vedação: em chuvas fortes entrava água mesmo. Mas o fabricante melhorou esta versão com um trabalho mais cuidadoso e materiais mais nobres.
O painel trazia novo desenho e instrumentação completa, com conta-giros, marcadores de pressão e temperatura do óleo e relógio. No quesito segurança, vinham cintos de segurança de três pontos, novas palhetas dos limpadores dos pára-brisa e uma luz-espia que indicava pane nos sistemas de freios. Fez sucesso também no Salão do Automóvel de Nova York, em 1978.
 
Folhetos de propaganda na época, veiculado em revistas
O Bianco Série 2 chegou a ser exposto no Salão de Nova York de 1978, o que foi bem explorado em sua publicidade

Ficha técnica

MOTOR - traseiro; 4 cilindros horizontais opostos; refrigeração a ar; comando central, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 85,5 x 69 mm. Cilindrada: 1.584 cm3. Taxa de compressão: 7,2:1. Dois carburadores de corpo simples. Potência máxima bruta: 65 cv a 4.600 rpm. Torque máximo bruto: 11,7 m.kgf a 3.200 rpm.
CÂMBIO - manual, 4 marchas; tração traseira.
FREIOS - dianteiros a disco, traseiros a tambor.
RODAS - 8 x 13 pol; pneus, 185/70 R 13 S.
DIMENSÕES - comprimento, 3,8 m; largura, 1,66 m; altura, 1,16 m; entreeixos, 2,4 m; peso, 825 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, cerca de 150 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 15 s.
 O Tarpan 
 Ainda em 1978 era idealizado pelos mesmos construtores do Bianco, o Tarpan. Em princípio este carro seria uma evolução do Bianco, mas suas linhas estavam longe de agradar a todos. No salão foi apresentado com mecânica do Passat TS, de 1,6 litro refrigerado a água (AP) e ótimo desempenho para a época. Foi prometido com quatro freios a disco, pára-choques retráteis, um isolamento térmico e acústico feito de poliuretano injetado, etc. Mas na produção em série foi utilizada a mesma mecânica do VW Brasília e, por isso, o desempenho continuou modesto.
Em julho de 1981 a fabrica de Diadema, no ABCD paulista, apresentou o Tarpan TS, enfim com o motor de 1,6 litro e 88 cv (líquidos), refrigerado a água, do VW Passat de mesma versão. Na época eram também produzidos o Bianco S, o Tarpan com motor "a ar" e o conversível. Mais nervoso, o TS oferecia desempenho bem adequado, além de ótima estabilidade.
Se o Bianco era muito bonito, o mesmo não poderia se dizer do Tarpan: seu desenho já estava ultrapassado. Atrás vinham as mesmas lanternas do irmão, mas na frente os faróis redondos estavam numa posição típica de esportivos da década de 60. A traseira não combinava com o restante do carro e podia ser confundida com uma adaptação de fundo-de-quintal pela esquisita tampa do motor. Chegava a ser bizarro para alguns. Apesar de esforços na vedação, por dentro o motor mostrava sua presença, fazendo muito barulho.
A carroceria de fibra era montada em sistema de painéis duplos. Bem maior que o Bianco, media 4,35 metros de comprimento e usava largos pneus 205/70 SR 13. Alguns defeitos persistiam, como a posição de dirigir que não era das mais agradáveis devido a baixa altura entre assoalho e teto. Houveram tentativas de usar portas asas de gaivota, mas sem sucesso. Não era barato: custava quase o mesmo que um Opala Diplomata de seis cilindros. E como esportivo, era concorrente do Farus, que trazia a mesma mecânica do TS e desenho de carroceria e soluções mecânicas bem mais modernas. Não foram fabricados muitos Tarpans.
Nas sdécada de 70 e 80, pelo fato de a importação de carros ser proibida no Brasil o número de fabricantes de veículos especiais era muito grande e a concorrência forte. A fábrica do Bianco e do Tarpan, que não era filiada à Anfavea assim como outros pequenos fabricantes, enfrentou problemas financeiros e fechou suas portas em meados da década de 80, deixando para trás uma história de maior sucesso nas pistas que nas ruas.  
O CRIADOR
Toni Bianco contava com grande experiência em carros de corridas e protótipos, trabalhava junto de Vitório Massari e Azevedo Santos na empresa Fúria Auto Esporte Ltda. Estavam muito empolgados na época e fizeram um projeto em 1971, a pedido da FNM: o carro-esporte Fúria. 
Um GT (Grand Turismo) de 2+2 lugares foi baseado no Lamborghini Jarama que era quase idêntico. Usava a mecânica do sedã de quatro portas FNM 2150. O quatro-cilindros com duplo comando de válvulas no cabeçote, que seria também usado no Alfa Romeo 2300 anos mais tarde, recebeu dois carburadores duplos e maior taxa de compressão.
Nas pistas Toni Bianco foi o criador do não menos famoso Bino, que usava motor Renault de 1,4 litro na década de 60. Este protótipo foi pilotado por grandes nomes do nosso automobilismo e venceu várias provas de relevância. Realmente revolucionário e um dos mais famosos carros de corrida nacional. Encomendado pela Fúria Auto Esporte, equipe paulistana de corridas da década de 70, o Fúria acenava com a possibilidade da colocação de vários motores.
Em 1970 fez sua estréia nos principais autódromos e circuitos do país. Participou do auge do automobilismo brasileiro, que começava a se profissionalizar. Correu no circuito de rua de Brasília, que utilizava sua enormes e largas retas, também em Curitiba e em Interlagos, na 12 Horas e na 500 Quilômetros de Interlagos. Dos vários motores do Fúria, o BMW era evidenciado pela grade em "duplo rim". Com ele, Jaime Silva chegou em segundo lugar em duas baterias da 6 Horas de Interlagos, em 1971
Neste último, o motor usado foi de um Lamborghini Miura, com 12 cilindros em V, quatro comandos de válvulas e quatro carburadores triplos Weber. Potência para ninguém botar defeito -- mas defeito é o que deu nesta prova. A primeira vitória do Fúria veio no Grande Prêmio Mackenzie, no autódromo da capital paulista. Obteve a melhor volta, cravando 3 minutos e 21 segundos à média de 144,28 km/h. A famosa carretera de Camilo Cristófaro, com motor Corvette, e o próprio Bino também correram e foram vencidos.
Na Mil Milhas de Interlagos, em janeiro de 1971, o Fúria Alfa Romeo chegou em quinto lugar nas mãos de Jaime Silva e Ugo Galina. O protótipo de cor vermelha terminou cinco voltas atrás do vencedor. Correu contra Porsche 910 e Ferrari 512 S, entre outros. Nesta prova o Bino também participou. No inicio de 1971, com motor Chevrolet quatro-cilindros de 2,5 litros e várias peças importadas como carburadores e coletores, atingia a potência de 170 cv. O novo Fúria, na cor azul, com número 84, nas mãos do famoso Pedro Victor De Lamare, quase bateu o recorde da pista de Interlagos na prova de 12 horas. Chegou a ficar em terceiro lugar. Também nesta participou o Fúria Alfa Romeo, cuja maior diferença externa era não ter a traseira aberta como a do Fúria Chevrolet. Nas mãos do famoso Pedro Victor De Lamare, o Fúria com motor 2,5 da Chevrolet quase bateu o recorde da pista de Interlagos na prova de 12 horas, também em 1971.
Com mecânica do FNM 2150, o Fúria Alfa atingia 138 cv a 7.000 rpm. Contava com dois carburadores Weber duplos, câmbio e diferencial Hewland -- famosos em todos os carros de corrida na Europa --, chassi tubular e freio a disco nas quatro rodas. Com peso por volta dos 650 kg, nesta configuração a velocidade máxima anunciada era de 240 km/h. 
Na Seis Horas de Interlagos, disputa em três baterias de duas horas cada, o Fúria BMW pilotado por Jaime Silva chegou em segundo lugar nas duas primeiras e se acidentou na última. O carro era azul, com numero 9, e a grade dianteira com o "duplo rim" denunciava a motorização alemã.
Na prova 300 Quilômetros de Tarumã foi cotado como um dos poucos opositores aos dois Porsches da Equipe Hollywood, um 910 e outro 908. Largou em terceiro, atrás destes dois bem mais potentes e preparados. Mas os mecânicos tiveram muitos problemas com o motor BMW, que chegou inclusive a fundir. 
Esperamos que tenha gostado de mais esta matéria sobre um carro que marcou sua época, e foi também objeto de desejo de muitos jovens.
Os textos e imagens foram retirados parcialmente dos sites www.flashbackers.com.br e ww.bestcars.uol.com.br. As fotos foram colhidas no google para ilustrar o conteúdo. Contamos com sua colaboração na divulgação de nosso site.
Matéria elaborada por Anderson Areal e Clea Jatahy
Gestores do site www.autosbizus.com.br
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
 autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
Mais uma pérola automotiva brasileira bem pouco conhecida. O X3 Lavínia.
Como no caso da matéria do Democrata da extinta IBAP (Industria de Automóveis Presidente), eu também tive a oportunidade de ver este veículo de perto. Eu tinha entre 13 e 14 anos, morava muito próximo da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), e juntamente com um amigo (Otávio), invadimos o campus da FEI por um acesso remoto e fomos nos esgueirando por entre os prédios da instituição, para que não fossemos encontrados pela segurança (precária), mas que nos metia medo mesmo assim. Já tinhamos ouvido falar do "carro da FEI" que era futurístico...desenho inimaginável, e haviam até rumores de que podia voar...rsrsrsrs.Também fomos tentar ver o "trem bala" (TALAV), feito ali mesmo. E após espionar vários galpões eis que vemos o LAVÌNIA dentro de um deles, nas cores verde e dourado, meio empoeirado mas ainda imponente pelo seu design. Corações aos pulos, quase saindo pela boca...e agora a questão era, como chegar perto dele?O portão principal de acesso ao galpão estava trancafiado com corrente e cadeado e por ali sem chance de entrar. Rodeamos o galpão e eis que vimos uma pequena porta. Seria muita mamata encontra-la destrancada. Mas mesmo assim fomos até ela e tocamos a maçaneta...giramo-na e eis que a porta se abre!! Uau!  Ainda mais excitados com a situação, abrimos a porta devagar e eis que vimos...uma privada e uma pia...kkkkkkk. Era um banheiro externo, e sujo por sinal. Frustação? Que nada, rimos muito...Continuamos a porcurar por um acesso para dentro do galpão, e de uma das laterais, vimos outra porta, um pouco maior que a do banheiro. Novamente giramos a maçaneta e...estava trancada. Poxa que droga! Mas das pequenas janelas de vidro da porta podiamos ver a traseira e lateral do carro tão falado. Ficamos por ali mais uns 20 minutos e resolvemos ir atras do trem bala. Ao virar uma das esquinas do galpão damos de cara com um senhor. Baita susto! Não era da segurança mas sim da zeladoria. E ele nos comprimentou e seguiu seu caminho, que era em direção a tal da porta lateral do galpão...Não pensamos duas vezes e fomos atrás dele, e pedimos se tinha como entrar pra ver o carro. E o zelador disse que podiamos sim, só não mexermos em nada. Claro que fizemos juras de não mexer em nada, só mesmo olhar...(pobre homem!!).Um sorriso imenso invadiu nossas caras e bocas e após o bondoso homem abrir a porta, chegamos perto do "MITO"... O carro da FEI...futurista, único, exclusivo. E é claro que nossas mãos foram logo na maçaneta da porta e a abrimos...asa de gaivota, abrindo pra cima. Pesada. Entramos no carro e vimos seu interior. Os bancos revestidos de pele de aninal (estranho) e aquilo tudo cheirando a mofo. Olha encima, olha embaixo e de repente o zelador nos diz que temos que sair dali, pois ele já tinha feito o que tinha a fazer no galpão. Claro que queríamos ficar mais ali, ma saimos agradecendo a gentileza do homem e perguntamos sobre o tal "trem bala". Ele nos levou então ao galpão onde o protótipo do TALAV "dormia". Por uma brecha em uma das portas pudemos visualizar o danado a poucos metros de nós. Relembrei desta estória, após ler a matéria abaixo, que me chegou por uma postagem sobre outro tema (customização de carros) e garimpando no site a encontrei e resolvi compartilhar com vocês amigos e curtidores do @utosbizus.com . Espero que tenham gostado do breve relato e leiam a matéria.
Matéria sobre o X3 Lavínia, 
protótipo de um carro futurista. 
Com o fim da II Guerra Mundial o padre jesuíta Roberto Sabóia de Medeiros, um visionário, percebeu que o Brasil iria deixar de ser um país meramente agrícola, entrando em um forte processo deindustrialização. Ainda em 1945 criou a Fundação de Ciências Aplicadas que, no ano seguinte, originaria a Faculdade de Engenharia Industrial, mais conhecida pela sigla FEI, inicialmente sediada no bairro da Liberdade, reduto oriental da cidade de São Paulo, SP. E a FEI. futuramente, faria o único carro esporte nacional com motor Chrysler 318 V8, o X3 Lavínia.
 
Na segunda metade da década de 50, com a chegada de  Juscelino Kubitscheck a presidência do Brasil, o surto desenvolvimentista imaginado por Sabóia de Medeiros finalmente ocorreu, em especial na região do ABC, que compreendia as cidades de Santo André (International Havester), São Bernardo do Campo (com SimcaWillys Overland) e São Caetano do Sul (General Motors), no estado de São Paulo. Assim, a FEI inaugurou um campus em São Bernardo do Campo, o que ocorreu graças a doação de um terreno 81.000 m2, localizado no Recanto Santa Olimpia, o qual foi cedido por Lavínia Gomes, esposa do prefeito Lauro Gomes.
Esboço do X3
Em agosto de 1963 começaram a funcionar os cursos de Engenharia de Operação em diversas modalidades, incluindo a Automobilística (MecAut), que tinha convênios com a École Nationale Supérieure d’Arts et Metiers (Ensam) da França. Entre um dos nomes mais importantes da MecAut estava o professor espanhol Rigoberto Soler, antigo funcionário da ENASA (Empresa Nacional de Autocamiones), fabrica de caminhões que, na década de 50, havia construído o famoso carro esportePegaso, obra prima do ex-diretor técnico da Ferrari, Wilfredo Ricart.
                
Soler, na década de 60, projetou para a Brasinca, empresa que fazia estampados e carrocerias paraGM, Willys, FNM, Mercedes-Benz e Ford, um carro esporte com motor Chevrolet de seis cilindroschamado Brasinca 4200 GT, também conhecido como Uirapuru. Na FEI, Soler coordenou o DEPV(Departamento de Estudos e Pesquisas de Veículos), acumulando ainda o cargo de professor de Carroceria do MecAut. Inicialmente criou um carro com hélice que ser usado na água, o FEI X1. Equipado com a mecânica do Renault Gordini, o FEI X1 foi exposto no Salão do Automóvel de São Paulo de 1968.
             
Quando se aproximava a realização do salão de 1972, Soler incumbiu seus alunos trabalharem em um carro esporte, o X3 (também chamado de Lavínia, em homenagem a benfeitora da FEI) o qual seria uma espécie de evolução do 4200 GT. Previa-se o uso de uma estrutura de aço tubular e freio aerodinâmico, uma espécie de flap retangular embutido na traseira do veiculo. Feitos os desenhos os alunos do MecAut foram divididos em duas turmas, sendo uma responsável pela fabricação do chassi e outra da carroceria.
Inicialmente, para se ter ideia das dimensões do carro, foi usado um motor Ford Power King 292 V8(Y-Block). Logo decidiu-se, porém, que a maior parte da mecânica a ser empregada seria a do Dodge Dart. A suspensão dianteira, por exemplo, era a Torsion Aire Ride, com barras de torção. O eixo traseiro, entretanto, teve os feixes de mola substituídos por molas helicoidais, mais adequadas a um esportivo. As rodas eram de magnésio, aro 14, com tala de oito polegadas na frente e 12 atrás. A caixa de direção, da marca Gemmer, era a mesma do Dart, mas com relação de redução 24:1 alterada para 15:1. Isso tornaria o sistema mais sensível para manobras em alta velocidade.
              O motor era o 318 V8 LA fundido no Brasil, do tipo utilizado no Dart (198 cv SAE), depois substituído pelo do Charger R/T, com maior taxa de compressão e sistema de escapamento duplo (215 cv SAE). O câmbio, inicialmente do Dart, com apenas três marchas, também foi substituído pelo do Charger R/T, de quatro velocidades. A àrvore de transmissão foi modificada devido ao menor entre-eixos e uma nova relação de diferencial (coroa/pinhão) foi empregada, pois o X3 seria mais leve eaerodinâmico que o Dart. Os freios dianteiros a tambor também foram substituídos por outros a disco.
 
             
A construção da carroceria foi feita pelo método hammer form, como faziam os carrozzieri italianos. O X3 foi inteiramente moldado a mão em alumínio, com uma forte ‘gaiola” para proteger os ocupantes,portas tipo asa de gaivota (como no Mercedes Benz 300 SL), “bico” (frente) monolítica de alumínio, dois tanques de gasolina traseiros (com capacidade para 90 litros), escapamentos laterais externos e o já citado freio aerodinâmico. As lanternas traseiras, como nos carros atuais, ficavam nas colunas do teto. O X3 tinha dois estepes e um bom espaço para bagagens no porta malas, tendo existido um projeto de malas específicas para encaixarem no espaço existente. O pára-brisa era do Ford Galaxie 500.
            
Internamente o esportivo tinha bancos reclináveis (revestidos com pele bovina), ar condicionado, instrumentos de painel instalados em um console central e volante de três raios em alumínio. O porta luvas era uma maleta 007. Os alunos pretendiam, ainda, montar no carro uma câmera de 8 mm, parafilmagens de testes, viagens ou treinos em autódromos. O X3 tinha 4,3 metros de comprimento, 1,8 metro de largura, 1,1 metro de altura, altura livre do solo de 0,18 m e pesava 1.100 kg, com coeficiente de penetração aerodinâmica 0,32.
O carro, inicialmente pintado de amarelo, foi construído por uma equipe formada por Ricardo Okubo, Ademir Fornasaro, Carlos Augusto Scarpelli, Flávio Vicenzetto, Gilberto Luz Pereira, Heymann A. R. Leite, José Pompeo Giannocoro, Roberto Barretti, Roberto Julio Asam e Rudolph Herbert Meyer. Esses alunos chegavam a fazer turnos das 6 horas da manhã até 4 horas do dia seguinte, dormindo em seus carros e sacrificando suas férias e finais de semana para terminar o X3 a tempo do mesmo ser exposto no Salão do Automóvel de São Paulo de 1972.
Mas o esforço não foi em vão: o carro, já nas cores verde e dourado metálico, se tornou uma das estrelas do evento, ganhando a admiração do então Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici. Graças ao protótipo, o governo federal passou a conhecer melhor o que fazia a FEI e apoiou financeiramente o desenvolvimento do TALAV, um trem aerodeslizante de alta velocidade. Atualmente o FEI X3 Lavínia, restaurado pela FEI, ainda faz parte do acervo da faculdade, sendo
exposto em diversos eventos relativos a automóveis antigos.
Matéria retirada na íntegra do site http://www.streetcustoms.com.br/  a título de divulgação da história do automobilismo brasileiro.
Anderson Areal - Clea Jatahy   Gestores site autosbzius.com.br
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
Fusca a diesel????
Uma imagem rara, motor VW a diesel. Note a bomba injetora do lado esquerdo na foto.
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
                                 

Da série: Que carro é este???


Mais uma curiosidade da indústria automotiva nacional 
Fui a um "sebo" (local onde se compra e vende livros e revistas usados), garimpando aqui e ali encontrei uma revista automotiva (Fusca nº 52) e me deparei com uma matéria na capa que me chamou  muito a atenção. Peguei um banquinho que tinha por lá, sentei-me nele e comecei a ler a matéria ali mesmo. Foi um achado! Eu mesmo nunca tinha ouvido falar neste carro. E resolvi compartilhar como vocês, internautas do autosbizus.com.br.
Muito interessante. Segue a linha dos carros que poderiam ter sido um estrondoso sucesso de vendas e foram descontinuados, a maioria por problemas políticos/financeiros (leia-se cartelização).
Tratava-se do carro MINI-TUPY 175. Um projeto de "garagem" e que poderia, assim como os Gurgeis e tantos outros, ameaçar a venda de modelos populares vendidos pelas GRANDES montadoras na época de seus lançamentos. Usando a consagrada mecânica VW a ar (fusca/brasilia.kombi), tinha o objetivo de transportar 2 pessoas e quase nada de bagagem, sem muitos rococós como maçanetas. Um desenho geometricamente simples, quase um cubo, a frente e a traseira eram idênticas.
Projetado e produzido pela extinta Tupy Veículos Especiais, fabricante de buggys, na cidade de São Paulo na década de 1980, tinha carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro (fórmula mais que aprovada por outras empresas como Puma, MP Lafer, Grugel e outras), teto rígido e dimensões pequenas (2,63 m de comprimento, 1,58m de largura e 1,46 m de altura), montado sob um chassi encurtado de fusca. Não tinha vidros nas portas, mas plásticos transparentes (mesmo modelo usado nos Jipes com capota de lona) e para abrir as portas, puxava-se uma cordinha que acionava uma primitiva fechadura. (a lá Gurgel).Internamente usava bancos em plásticos (tipo usados em onibus), um painel incorporado à carroceria, contava com velocímetro, medidor de combustível elétrico e um único conjunto de luzes de advertencia (bateria, óleo, pisca e farois altos), um pequeno porta-luvas com tampa e trinco com chave e o volante da brasilia/gol. Também contava com tres pequenas bolsas em lona para acondicionar pequenos objetos. O motor era protegido por uma tampa basculante, que ao ser aberta pra cima, deixava-o todo a mostra (os mecanicos iam adorar). Esta tampa era travada por 2 presilhas de borracha. Atrás tinham as tradicionais lanternas "ovo frito" usadas em alguns caminhões. Um parachoque também de plástico/fibra e um acabamento inferior davam o retoque final. A dianteira seguia o mesmo desenho, uma tampa basculante que abria pra frente, deixando aparecer o estepe e o bocal do tanque de combustível. A parte elétrica era também do fusca. Contava com dois pares de faróis (baixo e alto), embutidos na tampa e protegidos por uma grade metálica, dando um ar meio de off-road. Em cada lado um farolete tipo willys para as setas (sinaleiras). E o mesmo parachoque plástico incorporado como na traseira.Por ser um veículo muito leve, o motor boxer VW 1.300 cilindradas oferecia uma ótima performance ao carrinho. Os para brisas dianteiros e traseiros eram da Brasilia (VW). Outra curiosidade eram as calotas. Usaram pequenos vasos de flores, em plástico preto com furos. Talvez para que a marca VW não fizesse parte do conjunto. As rodas eram as usadas na Brasilia com aro 14 e pneus diagonais.Não consegui informações precisas sobre quantas unidades foram fabricadas, mas creio que só hajam 4 exemplares em condições de uso.
O objetivo desta matéria é o de divulgar preciosidades como esta e mostrar para os apreciadores de carros, modelos que não se encontram com facilidade. Por este motivo, peço licença aos proprietários dos veículos mostrados, como também aos autores das imagens, que reuni no Google para ilustrar este artigo e de alguma forma fazer uma singela homenagem aos carros esquecidos ou não conhecidos. Queremos também parabenizar as pessoas que gostam e mantém estas "jóias" rodando, e assim a história da industria automobilística nacional pode ser a cada dia mais enriquecida. Fica aqui um convite para que se manifestem e enviem histórias e imagens de seus carros.
Um grande abraço a todos e aguardem novas matérias no Bizu das Antigas.
Anderson Areal  Gestor site www.autobizus.com.br
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
autosbizus.com.br - seu site automotivo. 
Sabotagem e interesses, duros golpes para o Democrata.
 Uma testemunha da história obscura
Era o ano de 1981. O Brasil ainda estava sobre o regime militar. Minha família tinha um comércio de produtos agropecuários em São Bernardo do Campo, S.P. , chamada de Detroit brasileira. A maioria das indústrias de automóveis estavam instaladas lá. Eu tinha 16 anos e um certo dia, entrou na nossa "loja" um senhor e fez um pedido de grande volume de rações, milho, farelo e outros artigos. Perguntou se podíamos entregar no seu sítio, em uma área afastada chamada de "alto da serra". Como era comum, fazíamos entregas em domicílio quando as compras eram em grande volume. Então,colocamos as compras do tal cliente dentro de nossa kombi e lá fui eu levá-los. Sequer imaginava as surpresas que me aguardavam neste dia. Ah sim, eu dirigia sem habilitação. Coisa que, hoje, não aconselho a ninguém a fazer. O tempo é mesmo o senhor da razão.
O sujeito não era de muita conversa. Trocamos uns comentários sobre coisas banais e seguimos rumo a estrada velha do mar, antiga rodovia que ligava o planalto ao litoral. Em determinado local, saímos da rodovia e entramos numa estrada de terra. Após umas curvas notei um imenso galpão, em uma área imensa, no meio da mata atlântica, paisagem comum na época.
Tinha aspecto de abandonado. Mas a estrada que estavamos transitando levava exatamente a este galpão. Passamos por uma porteira de ferro, e após passarmos ao lado do tal galpão, a uns 50 metros, estava a residência desta pessoa. Descarregamos a kombi e a curiosidade dentro de mim era imensa para saber que raios de galpão era aquele. Perguntei ao homem e ele me disse:
- É uma fábrica de carros fechada...
Eu nesta época era alucinado por carros e os antigos mais ainda. Já sabia a história da VEMAG (DKW) e tantas outras. 
Aquilo foi como uma injeção de adrenalina na veia. 
Fabrica de carros??? Fechada??? Mas que marca?? - Perguntei
Uma que o governo fechou faz tempo...chamava PRESIDENTE. - falou ele.
Aí, não me contive e pedi para ir lá ver. O sujeito disse que podia se ele fosse junto, pois ele era o vigia do local e que tinha ordens pra não deixar ninguém entrar lá. 
Aqui abro um espaço para explicar um pouco da história da IBAP - (Indústria Brasileira de Automóveis Presidente), idealizada por um empresário brasileiro, chamado Nelson Fernandes, que já tinha um hospital e um clube de campo. Criada em 1963, tinha como objetivo planejar, construir e vender automóveis 100% nacionais e sem igual no mundo. Na época, todos os carros eram modelos importados ou fabricados sob licença. Por problemas diversos, que ainda não foram totalmente esclarecidos, este projeto foi "sabotado" pelo governo federal em conluio com a indústria automobilística da época. Muitos boatos foram lançados para prejudicar a IBAP, inclusive pressão aos fornecedores de peças e materiais que eram similares a algumas usadas pelas grandes montadoras. Se vendessem para IBAP não iam vender para as grandes. Uma prática das mais sórdidas do mundo dos negócios.
No site best cars voce encontrará mais detalhes desta história. Desse site foi de onde vieram mais conhecimentos, anos depois de estar neste local e vivido esta história.
Voltemos ao meu relato pessoal;
Rumamos então, para o galpão e andamos até a parte oposta, onde ficava o portão principal de entrada. Era um portão imenso e estava emperrado pela ferrugem do tempo, mas permitia nossa passagem por um vão. Ao passar por ele, vi uma cena que jamais esquecerei. Um imenso pavilhão, com carros semi-prontos, moldes, ferramentas, peças, máquinas, equipamentos diversos e muitas outras coisas que são necessárias para se fabricar carros em série. Tudo muito empoeirado. Fui entrando e parecia que eu tinha voltado no tempo.
O aspecto do interior do galpão era exatamente este mas sem as pessoas
Me aproximei de um dos carros. Vermelho (provavelmente este da foto acima), semi-acabado e na tampa traseira que julguei ser o porta malas estava escrito em letras cromadas, grandes e separadas D E M O C R A T A. 
Abri a tampa e pra minha surpresa lá estava o motor. 
- Nossa!! - Pensei, Motor na traseira...Era um motor italiano V6 2.5cc em alumínio com 2 carburadores (fotos abaixo).
 
Imagens do DEMOCRATA que foi resgatado e restaurado pelos irmãos Finardi.
Leia mais no site Best Cars.
A carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro. Uma novidade neste tipo de produto, pois as chapas de aço usadas na maioria das indústrias eram com alto teor de carbono, o que facilita muito a oxidação (ferrugem).  Somente 2 tipos de veículos eram produzidos com esta tecnologia no Brasil, o Puma e o Interlagos (Alpine).
Dei uma volta em torno do carro vendo cada detalhe: 2 portas, meio parecido com o Chevrolet Opala, Um modelo sedan. Internamente, muito interessante, com acabamento luxuoso que lembrava os Dodge´s Charger´s
Opala
Dodge Charger por dentro
Haviam no mínimo 30 carros, entre semi-prontos e carcaças moldadas, esperando para receber os componentes mecânicos e acabamentos. Olhando ao redor, vi a seção de peças, com muitas prateleiras com peças estocadas. Ao lado tinha a seção de tintas e solventes. Mais adiante, uma passagem dava acesso aos escritórios. Nesta área, o telhado tinha cedido pela ação da corrosão e falta de manutenção sendo que uma grande parte da cobertura tinha vindo ao chão. Era uma época de chuvas e tudo ali estava alagado. Escrivaninhas, máquinas de escrever, mimeógrafos, aparelhos de telefone, máquina de somar mecânicas, coisa modernas pra época (década de 1960). Tudo estava coberto por poeira e água da chuva. 
Entrando mais nesta área, estava a sala dos projetistas e desenhistas. Várias mesas de desenho com réguas "T", projetos e desenhos em papel vegetal, canetas tinteiro... Tudo em estado lastimável. A sensação era de uma fábrica-fantasma. Parecia que tudo ali estava a espera das pessoas retornarem para seus postos de trabalho. Simplesmente, tiraram as pessoas lá de dentro, apagaram as luzes, fecharam as portas e nunca mais deixaram elas retornarem. Senti uma tristeza profunda, mas ao mesmo tempo um contentamento por estar ali, naquele lugar que poucas pessoas sabiam da existência. O vigia não sabia quase nada da história daquela empresa, pois quando chegou lá para morar e tomar conta, tudo já era assim. Perguntei a ele se poderia retornar outro dia com um amigo e um ex cunhado, e ele consentiu. Voltei pra loja extasiado e, claro, naquela época nem se sonhava em celulares e internet. Só mesmo nos filmes de jornada nas estrelas. Mas assim que pude, relatei tudo ao Fábio (grande amigo) e ao Marinho (ex cunhado in memorian). 
Voltamos lá no fim de semana seguinte. Fomos primeiro à casa do vigia e pedimos a permissão para entrar no galpão. Novamente, estive lá dentro, e com mais calma, olhei tudo com mais detalhes. O Marinho era funileiro (dos bons), e estava pasmo com tudo. Nós ficamos ali dentro por umas 3 horas, mais ou menos e confesso que cometi um delito. Me apoderei sem permissão de um emblema  (foto do início da matéria) que era colocado na traseira do carro. O escudo da fábrica. Claro que foi uma coisa "feia", mas não resisti. Tenho este emblema até hoje comigo.
O vigia nos levou a um local fora do galpão, onde haviam 3 carros enterrados, literalmente, no chão de terra. Eram os 3 dos 5 carros que rodaram pelo Brasil na época do pré-lançamento, para a divulgação do DEMOCRATA. Após o retorno à fábrica foram estacionados embaixo de uma cobertura ao lado de um barranco, que com o tempo cedeu e soterrou os 3 carros. Com anos de chuva o barro foi compactando e acabando de sepulta-los. Com uma barra de ferro cavamos e a uns poucos centímetro vimos um pedaço do parachoque de um dos carros.
Voltei ao local da fábrica após uns 10 anos e não haviam mais galpão, carros e nem a casa do vigia.  Tudo foi retirado e demolido. Só mesmo o piso de concreto estava lá como testemunha desta história. Nem este molde que aparece na foto acima estava mais. 
Depois de muitos anos, já com o uso da internet, garimpando aqui e ali a achei uma matéria bastante interessante sobre a IBAP e o DEMOCRATA,  no site Best Cars. Fonte de imagens e alguns detalhes desta matéria. Quem quiser saber mais detalhes acesse o site best cars. Temos outro exemplo destes na nossa história, como a Gurgel
Mas fica aqui minha vontade de dividir com vocês, internautas, esta história que acredito ser muito importante, na minha vida e na história industrial de nosso país. 
Todo o material remanescente foi arrematado pelos irmãos Finardi em São Bernardo do Campo, S.P. que conseguiram colocar um dos DEMOCRATAS para rodar.
Democratas padecendo ao relento por anos
Fica aqui um convite para novas histórias da industria automotiva nacional vividas por pessoas as que queiram relatar.
Mande-nos um email autosbizus.com@gmail.com com fotos e se possível também a fonte das informações.
Abraços a todos!
Anderson Areal 
Gestor site www;autosbizus.com.br
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
autosbizus.com.br - seu site automotivo. 

Cegonheiras antigas - Para quem viu de perto e para quem nem imaginava que fosse assim.

  1. Amigos, este pequeno vídeo mostra como os automóveis novos eram transportados...reparem nos  modelos dos carros e as "cegonhas" (apelidos dos caminhões que transportavam carros novos no Brasil, comparando com a historinha de como os bebes eram entregues) rsrsrsr. Muitas preciosidades...
Espero que gostem e indiquem aos seus amigos.
Para retornar ao site www.autosbizus.com.br clique na imagem
autosbizus.com.br - seu site automotivo. 

2 comentários:

  1. Parabens por estas materias que resgatam detalhes pouco conhecidos da maioria dos brasileiros. Principalmente o da Industria Brasileira de automoveis Presidente, cujo projeto fora bombardeado pelos veículos de comunicações, principalmente ligados ao grupo Estado e Editora Abril. Procure também matéria sobre o Uirapuru, da Brasinca de São Caetano do Sul, carro espetacular para a época.A preocupação das multinacionais aqui instaladas era óbvia: Se o Brasil naquela época desenvolvesse uma industria automotiva, grande parte dos mercados sulamericanos, arabes, africanos, poderiam ser afetados. Quero lembrar que naquela época, quando o Brasil já tinha condições de fabricar um carro, a Coreia, não produzia nem bicicletas. Hoje não temos ainda uma industria de um produto que é uma paixão do barsileiro, mas para os pessimistas, que alegariam ausencia de tecnologia, lembro que temos a terceira maior indistria de jatos do planeta, a Embraer.

    ResponderExcluir
  2. Grato amigo, o Uirapuru está na lista de carros a ser mostrado aqui.

    ResponderExcluir

Os comentários serão moderados, e em caso de conterem palavrões, incitações racistas de qualquer natureza, religiosas, políticas/partidárias, sobre times de futebol, propagandas de pirâmides de qualquer natureza, ou outro motivo que acharmos por bem não publicar serão eliminadas. Mantenhamos a cordialidade e a educação.
Agradecemos a compreensão de todos.